à tua memoria Pai
a quem tantas vezes ouvi este provérbio


Plantadores de Amanhã, Semeadores de Futuro


Oliveira, a de meu avô
; figueira
, a de meu pai; e vinha, a que eu puser.

Provérbio Português e a generosidade

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REPÚBLICA E DEMOCRACIA







Apelo aos colaboradores do Blogue



Amigas, Amigos

É preciso e urgente fazer avançar pelos caminhos da Liberdade e da verdadeira Democrecia os filhos e filhas de Portugal : o seu Povo na sua vida de Cidadãos, de Cidadãs, activos e participantes. Conto com a vossa amizade e colaboração, com vossos textos, filmes, fotos, esquemas, gráficos ou outros. A sensibilidade popular tem que despertar, por um Mundo Novo, por um Portugal Novo, Vamos olhar em frente. Que o passado seja apenas o trampolim para o Futuro



Marília Gonçalves


Avancem com os vossos textos Amigos
colaboradores do Blogue
com o abraço fraterno
Marilia


segunda-feira, 24 de maio de 2010

O REGRESSO DO MOSTRENGO


O Povo Português, com os trabalhadores à cabeça,não pode ficar indiferente ao escandaloso agravamento da sua situação levada a efeito pelos mandatários do capital financeiro. Não há, pois, alternativa à luta unida de todo o nosso povo contra este monstro que nos estrangula.

O REGRESSO DO MOSTRENGO

O mostrengo que está no fim do mar

Na noite de breu ergueu-se a voar.

FERNANDO PESSOA, Mensagem

O mostrengo não está no fim do mar.

Ocupa as ruas, bate à nossa porta,

vomita chamas na cidade morta,

escreve garatujas no luar.

Ei-lo que espreita em cada patamar

pronto a saltar-nos à garganta. Importa

lançar brados de alerta à malta absorta

que se deixou nos ventos embalar.

De pé! O monstro volta! Unir fileiras!

Deixemos as diferenças das bandeiras:

É preciso avançar em marcha unida.

A nossa força é sermos um só povo

e uma só terra a defender de novo.

A morte do mostrengo é a nossa vida!

Carlos Domingos

___________________________________________________

Todos unidos na luta contra o Mostrengo

no próximo sábado dia 29!





O Monstro

Que voz o silêncio em eco levanta

Tremenda feroz gelada sombria

Que nos fecha a mão

nos cala a garganta

E torna a manha gélida,

mais fria

Que vozes de túmulo

Há tanto caladas

Levantam ao cúmulo

O pavor dos dias

E tornam opacas

As brandas paisagens

E tornam as noites tredas

E vazias

Quem anda por dentro

Dos sonhos que temos

Semeando algemas

Que são dessa cor

Em que se amalgamam

Os prantos as penas

Nesse sofrimento

cada vez maior

Em nome de quem

Que monstro severo

Traz em seu sudário

De horrendo luzir

As asas cortadas

Do loiro canário

Que livre pelos ares

Ouvíamos rir

Quem é que nos chega

do mundo dos mortos

com baba de réptil

colando-se em nós

e faz sementeira

no solo que fértil

construímos limpo

sem peias nem pós

na ronda dos dias o povo

cantava

cantando bailava

bailando não via

que o monstro rasteiro

pelos ares espalhava

essa pestilência

de que ele vivia

enquanto a manhã

não amadurar

a luz que se infiltra

nos olhos ao fundo

o monstro escondido

ainda tentará

cobrir de seu bafo

o tempo perdido

e calar o Mundo.

Marília Gonçalves

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