à tua memoria Pai
a quem tantas vezes ouvi este provérbio


Plantadores de Amanhã, Semeadores de Futuro


Oliveira, a de meu avô
; figueira
, a de meu pai; e vinha, a que eu puser.

Provérbio Português e a generosidade

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REPÚBLICA E DEMOCRACIA







Apelo aos colaboradores do Blogue



Amigas, Amigos

É preciso e urgente fazer avançar pelos caminhos da Liberdade e da verdadeira Democrecia os filhos e filhas de Portugal : o seu Povo na sua vida de Cidadãos, de Cidadãs, activos e participantes. Conto com a vossa amizade e colaboração, com vossos textos, filmes, fotos, esquemas, gráficos ou outros. A sensibilidade popular tem que despertar, por um Mundo Novo, por um Portugal Novo, Vamos olhar em frente. Que o passado seja apenas o trampolim para o Futuro



Marília Gonçalves


Avancem com os vossos textos Amigos
colaboradores do Blogue
com o abraço fraterno
Marilia


quarta-feira, 31 de março de 2010



A PAZ!!!!


Porque o teu amor por teu filho

é igual ao amor de cada mãe.

 

                  Marília

 

Ó jovem mãe

que sobre o berço

poisas olhar de futuro

caiando alvura nos sonhos

pintando a sol cada muro.

 

Jovem mãe

o azul das fontes

vem cantar na tua voz

e abrem-se os horizontes

 para todos nós.

 

Essa alegria presente

 é o píncaro da vida

a poisar suavemente

sobre a esperança construída.

 

A vida sorri no berço

fluem risos e canções

abriu-se a porta ao começo

de futuras construções

 

A estender-se ao horizonte

na flébil luz do caminho

estende-se um espelho defronte

de cada berço menino

 

Marília Gonçalves

Cravos de Abril


Cravos de Abril

Vermelha flor

Pétalas mil

De rubra cor.

Abril florido

Cravos de Junho

Entrando em Maio

Esperança em punho.

Cravos de Abril

Na história acesa

No céu de anil

Nasce a certeza

Da Liberdade

Pura e fraterna

Sem a maldade

De quem governa.

Abril em flor

Abril de risos

Semeia amor

Gestos precisos

A Pátria avança

Devagarinho

Ave ou criança

Deixando o ninho.

Alvoreceram no dia novo

Novas sementes

Para o rei-povo.



 Marília Gonçalves


ACUSO

Cavalo de vento
Meu dia perdido
O meu pensamento
Anda a soluçar
Por dentro do tempo
De cada gemido
Com olhos esquecidos
Do riso a cantar

Quem foi que levou
A ânfora antiga
Onde minha sede
Fui desalterar
Sementeira de astros
Que o olhar abriga
Por fora dos versos
Que hei-de procurar

Quem foi que em murmúrio
Na fonte gelava
Essa folha branca
Aonde pensar
Quem foi que a perdeu
Levando o futuro
Por onde o meu barco
não quer navegar

Quem foi que manchou
a página clara
Com água das sedes
Que eu hei-de contar
Quando o sol doirava
As velhas paredes
Da mansão perdida
De risos sem par

Quem foi que levou
Os astros azuis
Do meu tempo lindo
Meu tempo a vogar
Por mares de estrelas
Vermelhas abrindo
Quando minhas mãos
Querem soluçar

Não mais sei quem foi
só sei que foi quando
a noite vestiu o dia que era
E todos os sonhos
Partiram em bando
Fugindo de mim e da primavera

Mas há na memória
Da minha retina
A voz que se nega
A silenciar
Com dedo infantil
Erguendo a menina
Diante do réu
Em tempo e lugar!!!

Aqui começa a LUTA


Para que se saiba que os Revolucionários são seres humanos,fraternos,têm sentimentos, ardentes, de ternura, desejo, de beleza para o Mundo aqui deixei alguns poemas onde falou a intimidade da minha alma, do meu corpo e do meu coração!


A partir daqui começa a luta, por um Mundo fraterno, onde todos e cada um, tenham o direito de apreciar a vida com a naturalidade e a alegria que desejam e merecem!

Com o meu abraço fraterno, rubro, internacionalista e universal para todos os que batalham do amanhecer até adormecerem por uma vida digna, com direitos sociais, cívicos e humanos, para uma vida alegre e sã.

Toda a minha SOLIDARIEDADE para todos os meus irmãos de onde quer que sejam!

POR UM MUNDO MELHOR

Marília Gonçalves


Poemas Azuis


aqui vos fica o link para site criado para poesia lírica e intimista


Navega espuma

Como luar

Cheira a caruma

Noite sem par

Teu corpo freme

Morno teu corpo

O vento geme

Estremece um potro

Navega luz

No teu olhar

A noite azul

Cheira a luar

Riem as aves

Soluça o vento

Rangem as naves

No mar do tempo

A praia é ouro

É sol desfeito

Carnal tesouro

Pra nosso leito

Navega espuma

Branco luar

Cheira a caruma

No verbo amar.

 

Marília Gonçalves

Palavras, como pedir-vos



Palavras, como pedir-vos
Pra espelhar voz de poeta
Se andais cobertas do pó
Do mundo do fingimento
Se servis sem mais valor
Abjectos objectos
Que dizem frases de amor
E vos usam, trocam, gastam
Como uma mercadoria
Que se expõe sobre bancada
Da praça da hipocrisia.


Marília Gonçalves

terça-feira, 30 de março de 2010

Meu trilho de cigarra


Só eu sei, meu amigo

Como a morrer de amor

Eu por vezes consigo

Ou não, versos compor

Tal como quem dispõe

Flores lindas, numa jarra

vou seguindo a cantar

Meu trilho de cigarra

Depondo no deserto

A frescura do pranto

Enquanto a soluçar

Eu canto, canto, canto...



Marilia Gonçalves

pastora d’estrelas


Eu sou pastora d’estrelas

pelo monte espalho vento

desfaço luz, aguarelas

onde morre o pensamento

Ao som da velha ribeira

que desliza a murmurar

a lua cai sobre a eira

saudosa do teu olhar

As pedras sonham o mar

a fonte a buscar

um porto de abrigo

ouvindo as águas passar

eu lanço ao luar

meu cantar de amigo

eu vou colhendo saudades

semeio trovas no monte

vou alagando cidades

do azul do horizonte

Se trago dentro de mim

tua voz na noite escura

renasce o velho jardim

em boninas de ternura

As pedras sonham o mar

a fonte a buscar

um porto de abrigo

ouvindo as águas passar

eu lanço ao luar

meu cantar de amigo

poldra bravia


Salto fronteiras de medo

vou à procura de mim.

Amanhece é ainda cedo

por entre o arvoredo

há uma história sem fim.

Às mais altas serranias

ao oceano profundo

dei a força dos meus dias

mas nunca nunca vencias

o que em mim trago do mundo.

Percorri grandes cidades

mesmo a mais pequena aldeia

no lodo colhi saudades

encontrei meias verdades

num charco da lua cheia.

Mas esta poldra bravia

que eu sou, quando quero ser

à leve aragem tremia

quando findava o dia

escondia-se para não ser.

Entre ramagens perdida

eu era também paisagem

na procura repetida

de quem tem fome da vida

e vê findar a viagem.


Marília Gonçalves





























O começo do poema


O começo do poema

Uma dádiva de Apolo

Uma imagem, um fonema

Fanal acendendo o polo

Uma frase que pequena

Irradia todo o solo.

No início, dois, três versos

Entre caminhos dispersos

Que é urgente percorrer

Como quem procura vida

Numa teia construída

Na persistência de ser.

Palavras contra silêncio


Ser poeta é amandar
Palavras contra silêncio
É uma dor de ficar
Aquém do verbo pensar
Ou abaixo do sentir.
É trepar dor, é galgar,
É avançar, é cair.
É seguir cambaleante
Rumo à estrela distante
Que fica atrás do olhar
Combativo caminhante
Que nunca sabe parar.
Atira à hipocrisia
Em apóstata do dia
Visto apenas numa cor
Aquelas sílabas d’aço
Através do morto espaço
Com a asa do condor
À procura da beleza
Árdua luta na defesa
Dessa razão d’existir.

Quer ser poeta, experimente
Verá como é compungente
Viver no sonho a cair
Mas sempre seguindo em frente
Dum sonho por construir.

Ser poeta é levantar
Do escombro de cada dia
A força de caminhar
Na luz, sombra, poesia.

Marilia Gonçalves