Salto fronteiras de medo
vou à procura de mim.
Amanhece é ainda cedo
por entre o arvoredo
há uma história sem fim.
Às mais altas serranias
ao oceano profundo
dei a força dos meus dias
mas nunca nunca vencias
o que em mim trago do mundo.
Percorri grandes cidades
mesmo a mais pequena aldeia
no lodo colhi saudades
encontrei meias verdades
num charco da lua cheia.
Mas esta poldra bravia
que eu sou, quando quero ser
à leve aragem tremia
quando findava o dia
escondia-se para não ser.
Entre ramagens perdida
eu era também paisagem
na procura repetida
de quem tem fome da vida
e vê findar a viagem.
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